quarta-feira, 29 de junho de 2011

Brasil 'perdeu' US$ 1,5 bilhão na última semana, diz BC (Postado por Erick Oliveira)

O Banco Central informou nesta quarta-feira (29) que US$ 1,5 bilhão deixou a economia brasileira na última semana. O movimento foi registrado após o ingresso de mais de US$ 2 bilhões na semana anterior.
No acumulado deste mês, até a última sexta-feira (24), houve mais saída do que entrada de moeda norte-americana, no valor de US$ 2,32 bilhões, informou a autoridade monetária.
Se o resultado ficar negativo em todo este mês, será a primeira retirada líquida de recursos desde dezembro do ano passado - quando US$ 1,91 bilhão saíram do país.
Segmentos comercial e financeiro
A saída de dólares do Brasil na parcial deste mês aconteceu unicamente pelo segmento financeiro, pelo qual transitam os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros.
Neste caso, a retirada de recursos do país em junho, até o dia 24, somou US$ 2,9 bilhões. Esse é o terceiro mês de saldo negativo no segmento financeiro. As saídas de dólares por esta conta começaram a acontecer após o governo ter elevado o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para 6% sobre empréstimos buscados pelas empresas no exterior.
No caso do segmento comercial, que contabiliza os contratos de câmbio para exportações e importações, houve o ingresso de US$ 572 milhões no país na parcial deste mês, até a última sexta-feira (24).
Acumulado do ano
No acumulado deste ano, até 24 de junho, o fluxo de divisas para a economia brasileira segue positivo. Neste período, houve o ingresso líquido, ou seja, acima do volume de retirada de recursos, de US$ 40 bilhões na economia brasileira - volume que supera o ingresso registrado em todo ano passado (US$ 24,35 bilhões).

terça-feira, 28 de junho de 2011

Inadimplência sobe para maior nível desde fevereiro de 2010, diz BC (Postado por Erick Oliveira)

A taxa de inadimplência das pessoas físicas e das empresas, que mede atrasos de pagamento superiores a 90 dias, subiu de 4,9% em abril para 5,1% em maio deste ano, o maior patamar desde fevereiro de 2010, quando estava em 5,3%.
A inadimplência somente das pessoas físicas, por sua vez, avançou pelo quarto mês consecutivo em maio, quando atingiu 6,4%. Em abril, a taxa indimplência das pessoas físicas estava em 6,1%. O patamar de maio é o maior desde junho do ano passado (6,5%).
Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas também registrou crescimento em maio, quando atingiu 3,9%. Trata-se do maior patamar desde outubro de 2009, quando estava em 4%.
"Estávamos antecipando há alguns meses que poderia haver alguma reação da inadimplência em função dos juros mais altos, e pelo maior comprometimento de renda das famílias. A tendência desse movimento é de acomodação da inadimplência, provavelmente no segundo semestre. Porque estamos em um momento de crescimento da economia, com expansão da renda e do emprego. Estamos com taxa de inadimplencia em níveis bastante normais", declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC.
Alerta
O crescimento da inadimplência nos últimos meses tem gerado temores nos analistas do mercado. Segundo reportagem do Financial Times, a preocupação é com uma possível "bolha de crédito".
O jornal observa que a proporção de empréstimos com pagamentos atrasados por mais de 90 dias vem crescendo rapidamente nos últimos meses e, na avaliação da Serasa Experian, deve chegar a 8% até o final do ano.
De acordo com Maciel, do BC, a estrutura de crédito do Brasil, frente a outros países, tem um diferencial grande, que é a pariticpação do crédito habitacional muito menor do que os demais países. "Agora que voce tem um crédito habitacional crescendo de forma mais expressiva, superou 4% do PIB. É um percentual, para os padrões internacionais, baixo", declarou.
Para diminuir os riscos na concessão do crédito, o Banco Central anunciou, em dezembro do ano passado, medidas macroprudenciais para proporcionar mais segurança.
A autoridade monetária aumentou a alíquota dos compulsórios, retirando mais de R$ 61 bilhões da economia (recursos que poderiam ser emprestados) e aumentou a exigência de capital dos bancos para operações de crédito de prazo mais longo para pessoas físicas.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gasto de brasileiros no exterior sobe 45% até maio e bate recorde (Postado por Erick Oliveira)

Os gastos de turistas brasileiros no exterior somaram US$ 8,33 bilhões de janeiro a maio deste ano, informou nesta segunda-feira (27) o Banco Central.
Com isso, avançaram 45% frente ao mesmo período do ano passado (US$ 5,72 bilhões) e bateram novo recorde histórico para este período. A série histórica do BC tem início em 1947.
Somente em maio, as despesas realizadas por brasileiros no exterior somaram US$ 1,66 bilhão, valor que também representa novo recorde histórico para este mês.
A elevação dos gastos de turistas brasileiros no exterior é favorecida pelo crescimento do emprego e da renda no Brasil e, também, pelo dólar desvalorizado - fator que barateia as passagens e hotéis cotados na moeda norte-americana. Em todo ano passado, o valor gasto, de US$ 16,4 bilhões, também foi o maior da história.
A elevação de gastos no exterior tem ocorrido nos últimos meses apesar de o governo ter aumentado a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para gastos com cartões de crédito lá fora de 2,38% para 6,38%. A medida foi anunciada no fim de março, com validade de 28 de abril em diante.
Com a medida, os dados do BC mostram uma desaceleração nos gastos com cartões de crédito no exterior. Em abril deste ano, os gastos com cartões no exterior somaram US$ 1,17 bilhão, ou 61% do valor total de despesas (US$ 1,94 bilhão). Já em maio, com os efeitos do IOF maior, as despesas feitas via cartões somaram US$ 909 milhões - ou 55% do valor total de US$ 1,66 bilhão
"As viagens internacionais continuam em nível elevado. O brasileiro continua viajando, mas agora está pagando as despesas internacionais mais em 'cash', do que em cartão de crédito", declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bancos devem trocar nota manchada sacada no autoatendimento, diz BC

O Banco Central editou nesta quinta-feira (9) a circular 3.540, que determina que as cédulas suspeitas de terem sido danificadas por dispositivos antifurto (manchadas de rosa), sacadas em terminais de autoatendimento dos bancos, devem ser trocadas "imediatamente" pelas instituições financeiras - que devem assumir as despesas.
A autoridade monetária esclareceu que a apresentação do boletim de ocorrência por parte do correntista que sacou as notas manchadas em caixas eletrônicos não é uma obrigação formal, mas sim uma recomendação do BC para proporcionar mais segurança aos correntistas. Também não é obrigatória a apresentação do extrato da conta corrente do correntista.
O normativo divulgado pelo BC não está totalmente alinhado com informações divulgadas na última semana pelo diretor de Administração da autoridade monetária, Altamir Lopes. Na ocasião, ele afirmou que, caso os correntistas saquem notas manchadas nos próprios caixas eletrônicos dos bancos, deveriam tirar um extrato, comprovando a operação de saque, fazer um boletim de ocorrência na polícia e, somente no momento seguinte, apresentar aos bancos. "Se ele comprova via extrato e BO, o banco vai ressarci-lo na hora", declarou o diretor na última semana.
A autoridade monetária diz que há cerca de 150 mil caixas eletrônicos no Brasil. O BC informa ainda que compete aos bancos colocar os mecanismos antifurto em seus terminais, mas acrescentou que não há uma obrigatoridade para adotar esse procedimento. Até o momento, ainda de acordo com o Banco Central, as instituições financeiras têm optado mais por colocar o mecanismo antifurto em caixas eletrônicos 24 horas.
Onda de ataques
A determinação do BC e do CMN ocorre após vários bancos decidirem usar medidas como tinta, pó e solvente em caixas eletrônicos como forma de inibir a onda de ataques a agências bancárias registrada principalmente no Nordeste, Sudeste e Sul do país desde o início do ano. Só na região metropolitana de São Paulo, 73 caixas eletrônicos foram alvo de bandidos até o final de maio, segundo números da Polícia Civil.
Nos últimos dias, a polícia prendeu pelo menos seis PMs em São Paulo por envolvimento na onda de ataques e anunciou estar investigando 26 policiais em quatro quadrilhas que agem no Estado.
No Nordeste, uma operação conjunta da Polícia Federal com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar dos estados de Alagoas e Pernambuco desarticulou também uma quadrilha que atuava no arrombamento de caixas eletrônicos na região. Em grande parte dos casos, os bandidos usam explosivos, como bananas de emulsão, conhecida como dinamite, para explodir os caixas eletrônicos. Na segunda-feira (30), uma reportagem do Bom Dia Brasil mostrou como os suspeitos compram dinamite usada nos ataques ilegalmente nas ruas de Ciudad del Este, no Paraguai.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Notas manchadas perdem validade, diz regulamentação do BC e do CMN (Postado por Erick Oliveira)

Quem tiver em mãos uma nota possivelmente manchada de tinta contra furto deve ir a uma agência bancária e entregar a cédula para envio ao BC. Na autoridade monetária, a cédula vai ser analisada.
"Após a comprovação, pelo BC, de que o dano foi provocado por dispositivo antifurto, a instituição financeira deverá comunicar ao portador que a cédula foi fruto de ação criminosa e se encontra à disposição das autoridades competentes para investigação criminal. O portador da nota não terá direito ao ressarcimento do valor correspondente à cédula danificada", apontou o CMN.
Se for confirmado que o dano não foi causado pelo dispositivo antifurto, o banco passará essa informação ao portador da cédula e vai realizar a troca.
Saque de notasSegundo o diretor de Administração do Banco Central, Altamir Lopes, caso os correntistas saquem notas manchadas nos próprios caixas eletrônicos dos bancos, deverão tirar um extrato, comprovando a operação de saque, fazer um boletim de ocorrência na polícia e, no momento seguinte, apresentar aos bancos. Neste caso, os correntistas deverão ser ressarcidos. "Se ele comprova via extrato e BO, o banco vai ressarci-lo na hora", declarou o diretor do Banco Central.
O BC recomenda a população que não receba notas suspeitas de terem sido danificadas por dispositivo antifurto.
"A recomendação é que a população não receba cédulas suspeitas de estarem danificadas por mecanismo antifurto. Se a pessoa suspeita de que aquela cédula está danificada, e tem a característica provocada por um dispositivo antifurto, que não receba a nota", disse o diretor
De acordo com ele, o mecanismo antifurto danifica as cédulas pintando-as com uma coloração rósea. Lopes informou que esse dispositivo já é utilizado em outros países, como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, e visa combater os roubos aos caixas eletrônicos. "A cédula será recolhida, serão feitos os devidos registros, ela será encaminhada ao BC para análise e, se constatado o dano por dispositivo antifurto, perderá a sua validade", declarou ele.
"Quem recebe produto de crime, sabendo disso, em tese, pelo Código Penal, é um receptador. O que se pretende é fechar o ciclo. Que as pessoas não passem isso pra frente", disse Aricio Fortes, subprocurador-geral do BC.
Adoção dos mecanismos antifurtoA autoridade monetária informou que há cerca de 150 mil caixas eletrônicos no Brasil. O BC informou que compete aos bancos colocar os mecanismos antifurto em seus terminais, mas acrescentou que não há uma obrigatoridade para adotar esse procedimento. Até o momento, ainda de acordo com o Banco Central, as instituições financeiras têm optado mais por colocar o mecanismo antifurto em caixas eletrônicos 24 horas.
Onda de ataques
A determinação do BC e do CMN ocorre após vários bancos decidirem usar medidas como tinta, pó e solvente em caixas eletrônicos como forma de inibir a onda de ataques a agências bancárias registrada principalmente no Nordeste, Sudeste e Sul do país desde o início do ano. Só na região metropolitana de São Paulo, 73 caixas eletrônicos foram alvo de bandidos até o final de maio, segundo números da Polícia Civil.
Nos últimos dias, a polícia prendeu pelo menos seis PMs em São Paulo por envolvimento na onda de ataques e anunciou estar investigando 26 policiais em quatro quadrilhas que agem no Estado.
No Nordeste, uma operação conjunta da Polícia Federal com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar dos estados de Alagoas e Pernambuco desarticulou também uma quadrilha que atuava no arrombamento de caixas eletrônicos na região. Em grande parte dos casos, os bandidos usam explosivos, como bananas de emulsão, conhecida como dinamite, para explodir os caixas eletrônicos.  Na segunda-feira (30), uma reportagem do Bom Dia Brasil mostrou como os suspeitos compram dinamite usada nos ataques ilegalmente nas ruas de Ciudad del Este, no Paraguai.