A economia brasileira fechou o ano passado com retração de 4,1%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem. Esse é o pior resultado da série estatística do BC, que começa em 2003.
O número está próximo das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) feitas por grandes bancos como Itaú Unibanco e Bradesco (-3,9%) e pelas cerca de 100 instituições ouvidas na pesquisa Focus do BC (-3,8%). Embora não possa ser considerado como uma prévia do PIB, que será divulgado no dia 3 de março pelo IBGE, o indicador do BC costuma apontar a tendência da atividade econômica.
O dado acumulado em 12 meses, por exemplo, mostra que a economia começou a desacelerar no início de 2014 e terminou aquele ano encolhendo. Em 2015, chegou a recessão, que se aprofundou no final do ano, deixando dúvidas sobre a possibilidade de o País ter ou não chegado ao fundo do poço. Em dezembro, o IBC-Br teve queda de 0,52% em relação ao mês anterior, décimo mês seguido de retração.
Pelos cálculos do BC, o nível de atividade retrocedeu ao patamar de janeiro de 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Os dados do BC confirmam o cenário de recessão vivido em praticamente todos os setores da economia.
Horizonte nublado
As projeções do mercado apontam para a continuidade da recessão em 2016. O País voltaria a crescer, segundo essas previsões, em 2017.
“As perspectivas para 2016 continuam com viés negativo. Não há sinais evidentes de reversão da recessão atual”, diz o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.
O indicador de atividade do Itaú Unibanco mostrou retração de 3,5% em 2015 e também mostra tendência declinante. A instituição estima nova queda em janeiro, com base em indicadores já divulgados, como produção de veículos e movimento de transporte nas estradas. (Folhapress)
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