Dilma busca sinais rápidos para acalmar o mercado
Embora acredite que o “o ambiente especulativo se encerra” após a eleição, a presidente reeleita se preocupa em tranquilizar o setor; segundo reportagem da Reuters, ela pretende manter Alexandre Tombini (à esq.) à frente do Banco Central e deve convidar o empresário Josué Gomes (à dir.) para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; na Fazenda, Dilma estaria entre o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa247 Reeleita neste domingo, a presidente Dilma Rousseff demonstra preocupação com a instabilidade do mercado e quer emitir sinais rápidos para tranquilizar o setor.
Porta-voz da área econômica durante o segundo turno, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), garante que a responsabilidade fiscal e o combate à inflação serão reforçados antes mesmo da nova posse.
Segundo o colunista Bernardo Mello Franco, o comando da campanha diz não temer uma disparada do dólar ou novas quedas da Bolsa. “A eleição acabou. Agora o ambiente especulativo se encerra. Vamos voltar à normalidade”, promete Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário).
Segundo reportagem da Reuters, a presidente pretende manter Alexandre Tombini à frente do Banco Central e deve convidar o empresário Josué Gomes para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
"A presidente avalia que ele (Tombini) fez um bom trabalho no BC e o nome para o Desenvolvimento é o de Josué Gomes", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato, esclarecendo que o convite ao filho do ex-presidente José Alencar para assumir o Desenvolvimento ainda não ocorreu.
No Ministério da Fazenda, Dilma estaria trabalhando neste momento, segundo a fonte, com duas opções para substituir Guido Mantega, cuja saída da pasta já foi anunciada: o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e o ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa.
De acordo com a fonte, a escolha do titular da Fazenda passa pela definição do comando da Casa Civil, que poderá acomodar o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), cujo mandato termina este ano. Wagner, um petista ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ter posição de destaque no segundo mandato da presidente.
No desenho com Wagner na Casa Civil, Mercadante passaria a ministro da Fazenda. Se Wagner tiver outro cargo, Mercadante continuaria à frente da Casa Civil e Barbosa assumiria a Fazenda.
Ainda segundo a fonte, o gaúcho Miguel Rossetto é um petista em ascensão e um nome considerado para a secretaria-Geral da Presidência da República no segundo mandato da presidente, em substituição a Gilberto Carvalho (PT).