terça-feira, 23 de outubro de 2018

Odilon assume liderança na reta final

Com 52,5% Odilon assume liderança na reta final, diz pesquisa IPEXX Brasil




O candidato ao governo do Estado, juiz Odilon de Oliveira, já aparece na frente do oponente, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta reta final e agora está em primeiro, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 22, feita pelo Instituto de Pesquisa Ipexx Brasil.

A pesquisa mostra Odilon com 52,52% dos votos válidos, contra 47,48% do concorrente. Nas duas análises anteriores deste segundo turno o pedetista se mostrava em segundo, mas empatado no limite da margem de erro.

A pesquisa foi feita nos 12 maiores colégios eleitorais: Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Aquidauana, Sidrolândia, Paranaíba, Maracaju e Coxim.

Para Odilon, as últimas pesquisas estão mais perto da realidades das ruas. “Não temos rejeição e cada dia mais as pessoas estão aderindo ao nosso projeto. No corpo a corpo sentimos isso diariamente. Nessa última semana vamos intensificar a campanha e levar nossas propostas à população, que já se decidiu pela mudança de verdade. Agora é a hora da virada”, declarou, acrescentando que os apoiadores voluntários devem continuar firmes no trabalho formiguinha de conversar com as pessoas em todo o Estado.

O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máximo estimado considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 1.040 eleitores, entre os dias 17 e 21 de outubro. A pesquisa foi registrada no TRE-MS sob o número 05585/2018.

Rejeição

O levantamento mostra que a Rejeição de Reinaldo continua maior. D e acordo com a amostragem, 35,10% dos entrevistados disseram que não votariam no candidato a reeleição de jeito nenhum, contra 25% de Odilon.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Dólar opera com pequenas variações nesta sexta-feira


Na véspera, moeda encerrou o dia em alta de 0,45%, vendida a R$ 3,2258.
Mercado ainda repercute manutenção da taxa de juros nos EUA. 

Do G1, em São Paulo
O dólar opera com pequenas variações nesta sexta-feira (23), ainda reagindo à perspectiva de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, voltará a elevar a taxa de juros do país de forma gradual e com a percepção de que o Banco Central brasileiro tende a diminuir o espaço para atuação cambial por meio de swaps.
Às 12h, a moeda norte-americana subia 0,05%, vendida a R$ 3,2273.  Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,5%, a R$ 3,2095
Às 9h59, queda dde 0,36%, a R$ 3,2142
Às 9h59, queda de 0,36%, a R$ 3,2142

Às 10h29, queda de 0,14%, a R$ 3,2213
Na noite passada, o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn reiterou que o espaço para reduzir o estoque de swaps cambiais tem diminuído com a proximidade da normalização das condições monetárias dos Estados Unidos.
Segundo a Reuters, o mercado entendeu que o BC pode não elevar a oferta de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, ajudando no recuo da moeda norte-americana nesta manhã.
O BC vendeu nesta manhã toda a oferta diária de até 5 mil contratos de swap cambial reverso.
Cenário local e externo
O Fed decidiu na quarta-feira manter as taxas de juros do país entre 0,25% e 0,5%, apontando para uma maior probabilidade de uma alta em dezembro.
Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a atrair para o país recursos aplicados em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real. Por isso, sinalizações de que o aumento não deve acontecer no curto prazo tendem a reforçar movimentos de queda do dólar.
A Selic está em 14,25% o há mais de um ano, uma das taxas de juros mais elevadas do mundo.
Postado por Carlos PAIM

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Alta do dólar faz Banco Central terminar 2015 com lucro recorde

O BC (Banco Central) encerrou o ano passado com lucro recorde de R$ 76,7 bilhões, segundo balanço da instituição financeira aprovado nesta quinta-feira (25) pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). O valor representa mais que o dobro do maior lucro registrado até agora, de R$ 31,9 bilhões em 2013.
No primeiro semestre do ano passado, o BC lucrou R$ 35,2 bilhões. No segundo semestre, o resultado positivo somou R$ 41,5 bilhões, beneficiado principalmente pela valorização de ativos em moeda estrangeira.
Além do lucro contábil, o BC ganhou R$ 157,3 bilhões com as operações cambiais (administração das reservas internacionais e operações de swap cambial), cujo resultado é divulgado separadamente do lucro da instituição.
Os ganhos com as operações cambiais também são o melhor resultado da história, superando o recorde registrado em 2008, quando o BC tinha lucrado R$ 126,6 bilhões com as intervenções no mercado futuro de dólares e com o rendimento das reservas externas.
No primeiro semestre, o BC ganhou R$ 46,4 bilhões com a equalização cambial. No segundo semestre, o ganho chegou a R$ 110,9 bilhões. O lucro com as operações cambiais no segundo semestre decorreu da alta do dólar, que subiu de R$ 2,65 em janeiro para R$ 3,94 em dezembro. A moeda norte-americana mais cara aumenta o valor das reservas internacionais em reais.
Nos próximos dez dias, o BC repassará ao Tesouro Nacional R$ 152,4 bilhões. O montante equivale ao lucro operacional de R$ 41,5 bilhões no segundo semestre e ao lucro de R$ 110,9 bilhões com a equalização cambial no mesmo período. Por lei, o dinheiro só pode ser usado para amortizar a dívida pública, não podendo ser gasto em despesas federais.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Banco Central mede queda de 4,1% na atividade do País

A economia brasileira fechou o ano passado com retração de 4,1%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado ontem. Esse é o pior resultado da série estatística do BC, que começa em 2003. 
O número está próximo das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) feitas por grandes bancos como Itaú Unibanco e Bradesco (-3,9%) e pelas cerca de 100 instituições ouvidas na pesquisa Focus do BC (-3,8%). Embora não possa ser considerado como uma prévia do PIB, que será divulgado no dia 3 de março pelo IBGE, o indicador do BC costuma apontar a tendência da atividade econômica. 
O dado acumulado em 12 meses, por exemplo, mostra que a economia começou a desacelerar no início de 2014 e terminou aquele ano encolhendo. Em 2015, chegou a recessão, que se aprofundou no final do ano, deixando dúvidas sobre a possibilidade de o País ter ou não chegado ao fundo do poço. Em dezembro, o IBC-Br teve queda de 0,52% em relação ao mês anterior, décimo mês seguido de retração. 
Pelos cálculos do BC, o nível de atividade retrocedeu ao patamar de janeiro de 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Os dados do BC confirmam o cenário de recessão vivido em praticamente todos os setores da economia.
Horizonte nublado
As projeções do mercado apontam para a continuidade da recessão em 2016. O País voltaria a crescer, segundo essas previsões, em 2017. 
“As perspectivas para 2016 continuam com viés negativo. Não há sinais evidentes de reversão da recessão atual”, diz o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.
O indicador de atividade do Itaú Unibanco mostrou retração de 3,5% em 2015 e também mostra tendência declinante. A instituição estima nova queda em janeiro, com base em indicadores já divulgados, como produção de veículos e movimento de transporte nas estradas. (Folhapress)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cunha é intimado pelo BC a explicar dinheiro em contas no exterior

O Banco Central intimou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a prestar esclarecimentos até o fim desse mês sobre contas no exterior ligadas ao peemedebista. O processo pode resultar em cobrança de multa pelos valores mantidos fora do país e não declarados ao BC nem à Receita Federal.
A investigação do Banco Central é relativa apenas às contas na Suíca reveladas no ano passado atribuídas a Cunha e que já são alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a análise feita pelos técnicos do BC, que já está em poder dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF), há indícios de que Cunha manteve milhões de dólares no exterior, sem declarar, por pelo menos sete anos, entre 2007 e 2013.
Os advogados de Eduardo Cunha disseram que já foram notificados e que irão apresentar a defesa do deputado em breve.
Em entrevista ao G1 e à TV Globo, em novembro do ano passado, Cunha reafirmou que não tem contas bancárias nem é proprietário, acionista ou cotista de empresas no exterior.
Cunha admite, porém, ser "usufrutuário" de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central porque, segundo afirmou, são recursos que obteve no exterior, mantidos em contas das quais não é mais o titular.
O saldo nas contas atribuídas à Cunha variou ao longo do tempo. Em 31 de dezembro de 2007, por exemplo, ele tinha US$ 4,2 milhões nas contas. Em 2008, US$ 2,5 milhões. Em 2009, o saldo era de US$ 4,3 milhões. Já em 2013, último ano analisado, as contas tinham saldo de US$ 3,1 milhões.
A esposa de Cunha, a jornalista Claudia Cruz, também terá de explicar porque manteve no exterior, sem declarar, durante pelo menos seis anos, valores entre US$ 130 mil e US$ 330 mil, e também pode ter de pagar multa.
Em ofício encaminhado em dezembro ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o BC diz ver indícios de evasão de divisas. A legislação prevê que todo brasileiro que tenha um saldo bancário acima de US$ 100 mil no exterior, tem que declará-lo ao Banco Central. 
Como se trata de uma investigação no âmbito administrativo, caso o BC conclua que Eduardo Cunha deixou mesmo de declarar dinheiro mantido no exterior, ele pode ter de pagar multa de R$ 125 mil para cada ano-base analisado. Procurado, o Banco Central não se manifestou sobre o assunto.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Governo central tem rombo histórico de R$114,986 bi em 2015

Brasília - O governo central (TesouroBanco Central e Previdência Social) registrou um rombo fiscal primário de 114,986 bilhões de reais em 2015, pior resultado da série histórica iniciada em 1997, impactado pelo pagamento das chamadas pedaladas fiscais e pela expressiva queda das receitas em meio a pior recessão econômica em décadas.
Este é o segundo ano seguido de resultado primário - economia feita para o pagamento de juros da dívida pública - deficitário. Em 2014, o governo central teve déficit de 17,2 bilhões de reais.
Mesmo excluindo o efeito do pagamento das pedaladas, o resultado anual teria seguido como o pior da série histórica, negativo em 59,4 bilhões de reais, segundo apontou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira.
Em projeto de lei aprovado em dezembro, o Congresso autorizou o governo central a registrar um rombo de 51,8 bilhões de reais no ano, correspondente a 0,9 por cento do Produto Interno Bruto, mas com a possibilidade de ir a 119,9 bilhões de reais (2,08 por cento do PIB) com abatimentos pelo não ingresso de receitas com leilão de hidrelétricas e com o pagamento de até 57 bilhões de reais em pedaladas. O Tesouro apontou em apresentação que a meta ajustada do governo central era de um déficit 118,7 bilhões de reais.
Em dezembro somente, o buraco nas contas públicas do governo central foi de 60,727 bilhões de reais, recorde para o mês, ante superávit de 1,063 bilhão de reais no mesmo período de 2014.
ECONOMIA EM RECESSÃO
A receita líquida do governo central sofreu uma queda real de 6,4 por cento sobre 2014, a 1,034 trilhão de reais. Na semana passada, a Receita Federal já havia divulgado recuo de 5,62 por cento para a arrecadação no ano, no desempenho mais fraco desde 2010, impactado pela debilidade da economia.
Em contrapartida, as despesas totais subiram 2,1 por cento, refletindo a dificuldade do governo em fazer cortes diante de um Orçamento engessado por despesas obrigatórias, como as com a Previdência. No ano, os gastos totais somaram 1,150 trilhão de reais, contra um 1,031 trilhão de reais em 2014.
O secretário interino do Tesouro, Otávio Ladeira, disse, em entrevista coletiva, que a dinâmica fiscal no ano passado foi marcada pela perda de arrecadação e pela "grande elevação" do déficit da Previdência Social, que saltou 38,4 por cento, já descontada a inflação, para um rombo de 85,818 bilhões de reais, em meio ao aumento do desemprego, com perda de 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. Para 2016, as perspectivas para as contas públicas seguem sombrias.
"A trajetória do déficit da Previdência indica claramente que o resultado do governo central em 2016 deve ser negativo. Para que isto não ocorra, e dadas as restrições para mudança relevante da Previdência no médio prazo, o Tesouro precisaria voltar ao desempenho de antes de 2014, quando a economia ainda crescia e ajudava o crescimento da arrecadação", escreveram economistas do Banco Fator em nota a clientes.
A meta para o governo central este ano é de um superávit primário de 24 bilhões de reais, equivalente a 0,39 por cento do PIB, já colocada em xeque diante de expectativa de novo mergulho na economia em meio a um cenário doméstico com dificuldades políticas e fiscais e um ambiente externo marcado por desaceleração na China e queda nos preços do petróleo. Em pesquisa Prisma conduzida pelo ministério da Fazenda, economistas estimaram em dezembro um déficit primário para o governo central de 68,2 bilhões de reais em 2016 e de 30,9 bilhões de reais em 2017.
Questionando sobre a viabilidade do alvo fiscal de 2016, Ladeira se limitou a dizer que o governo está reestimando receitas e despesas para publicação do decreto orçamentário, que deve sair até meados de fevereiro. "Ao apresentarmos novos números, aí ficará mais claro o quadro fiscal", disse.
Segundo Ladeira, 11 bilhões de reais da receita total de cerca de 17 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas entrarão no resultado primário do governo central em janeiro. O certame foi realizado em dezembro.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sob pressão política, Banco Central arrisca credibilidade



Não foi uma total surpresa, mas o mercado recebeu com um certo espanto a decisão do Banco Central de manter os juros em 14,25% ao ano. Isso porque depois de idas e vindas em sua comunicação, não subir os juros abre brecha para que autoridade monetária seja acusada de ceder a pressões políticas, colocando ainda mais em xeque a sua credibilidade.

“Pela frente vai ter deterioração adicional das expectativas de inflação e o Banco Central tem sua credibilidade comprometida”, afirma Ignácio Crespo Rey, economista da Guide Investimentos. Ele alterou, nesta semana, sua projeção de alta de 0,50 ponto percentual na Selic para subida de 0,25 ponto depois que Alexandre Tombini, presidente do BC, sinalizou ontem que talvez pudesse subir menos os juros.

O fato de Tombini ter se reunido, na segunda-feira (18), com a presidente Dilma Rousseff, em um encontro fora da agenda oficial de ambos, foi interpretado pelo mercado como mais um fator de pressão política sobre o presidente do BC, já que, depois que Joaquim Levy deixou o Ministério da Fazenda, no fim do ano, as baterias do PT voltaram-se contra Tombini.

Coincidência ou não, na manhã seguinte, o BC surpreendeu o mercado, ao emitir uma nota afirmando que “todas as informações relevantes” seriam consideradas para a decisão do Copom. O pretexto foi a piora da expectativa do FMI para a economia brasileira. O mercado entendeu o recado como mais “dovish” (a favor da queda dos juros).

Digitais

“Diante das sinalizações do Banco Central, não foi uma boa decisão. Aparentemente tem a digital do Planalto; isso já aconteceu outras vezes na gestão Dilma 1 e volta a ocorrer", avalia Juan Jensen, sócio da 4E Consultoria.

Até então, o BC vinha, por meio de seus documentos e discursos, com um tom “hawkish” (inclinado à alta dos juros), direcionando as expectativas do mercado para uma elevação da Selic em 0,5 ponto com o intuito de garantir que a inflação atinja a meta do governo (4,5%) em 2017.

“Essa decisão afeta a credibilidade do BC no mercado, porque sempre haverá dúvidas se a decisão foi tomada com base na convicção da autoridade na recessão ou se houve pressões políticas”, comenta Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management.

A economista sênior do Santander, Tatiana Pinheiro, diz que ainda é cedo para avaliar como a decisão de hoje vai impactar a imagem do BC. Segundo ela, o comunicado foi claro e muito compreensível ao ressaltar a piora e a volatilidade do mercado.

“É válida a preocupação com a atividade econômica. Isso sinaliza que, muito provavelmente, houve uma mudança para pior na expectativa da atividade econômica. Se for nessa linha da atividade, a credibilidade do BC ficará no mesmo nível. Mas, se a ata for muito vaga sobre a expectativa para a atividade, ou se não houver alteração nisso, pode ficar comprometida”, afirma.

Reação do mercado

O mercado de juros futuros deve fazer ajustes nesta quinta-feira (21) após a decisão, já que projetava uma alta de pelo menos 0,25% ponto na Selic. Segundo Tatiana, vai haver mudanças tanto nos contratos com vencimentos mais curtos quanto nos mais longos, uma vez que havia uma expectativa de ajuste longo de juros. “Amanhã, o mercado vai desprecificar a expectativa”, afirma.O economista da Azimut avalia que a tendência é que o dólar se aprecie, e não apenas por uma percepção de risco maior. “O investidor estrangeiro olha a inflação subindo e os juros não acompanhando. Com isso o juro real cai e ele tira o dinheiro do país”, afirma.