sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Meirelles desiste de Goiás e mantém o sonho da vice

Sérgio Lima/Folha

Pressionado pelo PMDB de Goiás, Henrique Meirelles antecipou parcialmente um anúncio que só planejava fazer no final de março.

Informou, por meio de nota, que não vai disputar o governo de Goiás, seu Estado natal. Quanto às outras possibilidades, deixou-as em aberto:

“Reafirmo que a decisão sobre o meu futuro profissional será anunciada ao final de março", anotou o presidente do Banco Central.

São quatro as alternativas que restaram para Meirelles:

1. Permanecer na presidência do BC até dezembro, quando termina o governo Lula.

Nesta quinta (11), o presidente reafirmou a Meirelles o pedido para que fique no cargo.

2. Comparecer às urnas de 2010 como candidato a uma cadeira no Senado por Goiás. Uma hipótese que não parece animar Meirelles.

3. Retornar à iniciativa privada. Em privado, o próprio Meirelles diz que a volta para o outro lado do balcão não está no topo de suas preferências.

4. Compor a chapa presidencial de Dilma Rousseff, na condição de candidato a vice-presidente da República. É o que Meirelles mais deseja.

Lula também gostaria de ver o presidente do BC subir ao altar da sucessão ao lado de Dilma. Porém...

Porém, entre a vontade de Lula e o sonho de Meirelles há um PMDB de permeio. O grosso do partido prefere acomodar na vice o deputado Michel Temer (SP).

A recente recondução de Temer à presidência do PMDB terminou de esmigalhar as chances de Meirelles. Sua pretensão converteu-se em quimera.

Embora consciente da realidade, Meirelles esquivou-se de descartar, na nota divulgada na noite passada, a posição de vice.

Parece inspirar-se na velha máxima de Magalhães Pinto. A raposa mineira dizia:

“Política é como nuvem: você olha e vê um formato, mas quando olha de novo já vê outro”.

No caso de Meirelles, a cúpula do PMDB cuida para que a nuvem mantenha as feições de Temer.

Os morubixabas da tribo dos pemedebês, gente que sabe contar votos de convencionais e já viu elefante voar, aposta que Meirelles vai ficar no BC até 31 de dezembro de 2010.

Se Dilma for eleita, o PMDB se encarregará de cavar para Mierelles uma vaga à sua altura na nova administração.

Abaixo, a íntegra da nota divulgada por Henrique Meirelles:

"Tenho recebido apelos do PMDB de Goiás, particularmente do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, para que antecipe minha decisão sobre uma possível candidatura ao governo do Estado.

Minhas responsabilidades no Banco Central e com a preservação do equilíbrio macroeconômico do país não permitem, todavia, a antecipação da decisão sobre o meu futuro profissional.

Entendo, no entanto, as razões políticas que levam alguns integrantes do partido a considerar necessário construir agora uma candidatura do PMDB ao governo do Estado.

Sendo assim, tomei a decisão de liberar o PMDB de Goiás de qualquer compromisso de dar prioridade ao meu nome e deixá-los à vontade para comporem a chapa ao governo imediatamente, se assim julgarem necessário, sem a minha participação.

Sinto-me honrado e grato ao PMDB por ter me oferecido a possibilidade de disputar o mais alto cargo de Goiás.

Agradeço também o apoio e o carinho que recebi por todo o Estado de inúmeros concidadãos, independentemente de quaisquer decisões que venham a ser tomadas no futuro. Serei sempre grato.

Reafirmo que a decisão sobre o meu futuro profissional será anunciada ao final de março".

Escrito por Josias de Souza às 03h26

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Novas cédulas de R$ 50 e R$ 100 lançadas pelo BC começam a circular até junho



de UOL Economia
Divulgação BC lançou hoje novas notas de real; na imagem, a nova cédula de R$ 5

* Conheça as cédulas lançadas hoje

O Banco Central (BC) lançou nesta quarta-feira as novas cédulas de real. As notas reformuladas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular ainda no primeiro semestre deste ano, segundo informou o Banco Central. As notas de menor valor – de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20 – serão trocadas gradualmente até 2012. Essa é a segunda série de notas de real lançada pelo governo. A primeira foi em 1994.

"O objetivo é que sejam mais seguras contra falsificação" , disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Justificou que as mudanças foram possíveis pela modernização da Casa da Moeda.

Entre as novidades, as novas cédulas conterão itens de segurança mais sofisticados e layout mais atraente, com destaque para as de R$ 50 e de R$ 100, que terão as atuais figuras de animais na horizontal e em imagem tridimensional. Além disso, as notas passam a ter tamanhos diferentes de acordo com o valor, assim como ocorre com o euro. Dessa forma, a nota de R$ 2 será a menor, e a de R$ 100, a maior.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles também participou da cerimônia, assim como o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo. As cédulas são assinadas por Mantega e Meirelles.

"O real se tornou uma moeda forte" , disse Mantega. "Além disso, temos que nos preparar para que o real seja uma moeda de curso internacional. Já começa a haver demanda para que seja utilizado fora do Brasil, daí a importância de ser sólida" , completou Mantega.

“A população não precisa ir ao banco para trocar as cédulas. Elas [as atuais e as novas] vão conviver conjuntamente [até que todas sejam recolhidas], disse Meirelles.
Segurança

Elas também terão recursos gráficos mais sofisticados que vão protegê-las de falsificação. Foram mantidos os elementos que já existiam, como a marca dágua, e outros foram redesenhados para facilitar a identificação e dificultar a falsificação.

Em comunicado, o BC afirma que, em mais de 15 anos de existência do Plano Real, não houve nenhuma incidência grave em termos de falsificação de notas que levasse à substituição, contudo, alerta que a popularização das tecnologias digitais faz com que a instituição se antecipe e aja preventivamente com a troca de cédulas.

Segundo o BC, as cédulas de R$ 100 e de R$ 50 demandam maior segurança contra falsificações por serem os valores mais elevados em circulação.
Deficientes visuais

As novas cédulas de real vão atender à demanda dos deficientes visuais e terão tamanhos diferentes e marcas em relevo que facilitam a identificação tátil.

"Já existiam demandas para que houvesse uma forma de os deficientes visuais identificar as cédulas", disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao fazer o anúncio da nova família do real.


(Com informações de Agência Brasil e Valor Online)